
GP da Hungria: Norris vence em corrida tática, Bortoleto brilha e Ferrari desaba a estratégica
No Hungaroring, Lando Norris triunfou após rivalidade interna com Piastri, enquanto o jovem brasileiro garantiu sexto lugar e Charles Leclerc viu o pódio escapar por falhas da Ferrari
Corrida emocionante define nova fase da temporada
Neste domingo (3 de agosto), o Grand Prix da Hungria 2025 apresentou uma corrida intensa e cheia de reviravoltas. Lando Norris, da McLaren, apostou em estratégia de apenas uma parada para vencer sua quinta corrida do ano, resistindo à pressão do companheiro Oscar Piastri, que cruzou a linha de chegada apenas 0,698s atrás e encurtou a diferença no campeonato para nove pontos. A dobradinha da McLaren consolidou sua força na temporada, enquanto George Russell completou o pódio com a Mercedes.
Destaque da corrida: Bortoleto brilha e conquista seu melhor resultado
O brasileiro Gabriel Bortoleto, piloto da Sauber, teve um final de semana impecável. Qualificado em sétimo, ele manteve um ritmo sólido durante os 70 giros e chegou a ultrapassar Fernando Alonso ao longo da prova, garantindo uma honrosa sexta posição, seu melhor resultado na F1 até hoje. A performance foi reconhecida até entre os fãs, e Bortoleto foi eleito Driver of the Day, obtendo 18,8% dos votos numa disputa acirrada com Alonso e Leclerc. A estreia da nova fase da temporada da Sauber continua confirmando sua evolução, com o jovem talento cada vez mais sólido nas pistas.
Ferrari desperdiça pole inesperada e debate estratégia após falha
A Ferrari parecia destinada a brilhar em sua casa: Charles Leclerc conquistou a pole-position de forma surpreendente e liderou grande parte da corrida. No entanto, após a segunda parada, Leclerc perdeu ritmo, foi ultrapassado por Piastri e Russell e caiu para a quarta colocação, fora do pódio.
O fato ficou ainda pior com críticas abertas por parte do piloto: Leclerc, frustrado, usou o rádio para apontar falhas na estratégia da equipe, chamando o segundo stint de “um desastre”. Diagnóstico foi confirmado pelo chefe Fred Vasseur, que classificou o comportamento do carro como desequilibrado e prometeu investigação sobre possível problema no chassi. Lewis Hamilton teve uma corrida igualmente lamentável, largou e terminou em 12º, declarou que se sentiu “completamente inútil” e questionou seu futuro na equipe.
Consequências para o campeonato e próximos passos
- McLaren impôs mais autoridade com sua tática certeira, agora líder sólida do campeonato.
- Ferrari sai da Hungria com mais dúvidas do que respostas, especialmente sobre decisão de paradas e equilíbrio do carro.
- Sauber e o talento Bortoleto ganham novo fôlego no meio do meio-campo da F1, mostrando potencial promissor.
- A Fórmula 1 agora entra numa pausa de verão, com o próximo GP previsto para 31 de agosto, na Holanda
O GP da Hungria foi um retrato claro da temporada: estratégia certeira da McLaren, piloto recém-chegado alcançando destaque e uma Ferrari à deriva. Enquanto Norris encosta em Piastri na liderança, Gabriel Bortoleto constrói seu legado como promessa brasileira da F1. Para Leclerc e Hamilton, resta refletir: estratégias confusas e um carro instável podem custar muito mais do que pontos.